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As atividades nos canteiros de obras oferecem diversos riscos para a saúde e segurança dos trabalhadores. Para minimizar as chances de acidentes, as empresas devem encontrar maneiras de identificar os perigos em cada serviço. É aí que surge o mapa de risco na construção civil.
Mesmo com campanhas de conscientização, normas e fiscalizações mais recorrentes, o índice de irregularidades em obras no Brasil é alto. Apesar de nos últimos anos ter havido uma redução nos casos, em 2020 a indústria registrou 25.960 acidentes de trabalho.
As causas podem ser diversas, desde quedas e choques, até soterramentos. Mas não são só os incidentes que preocupam, existem muitos perigos, de diferentes naturezas, que podem afetar a saúde dos trabalhadores. A operação com máquinas pesadas, por exemplo, com o tempo pode ocasionar diferentes tipos de danos.
Para evitar imprevistos e minimizar os perigos, é preciso conhecer as atividades realizadas no setor e quais são suas ameaças. Mas, fazer essa identificação sem auxílio de alguma ferramenta ou padronização pode acabar gerando confusões.
Por isso existe o mapa de riscos na construção civil. Acompanhe tudo sobre o assunto, a seguir!
O que é o mapa de risco na construção civil?
Criado na década de 60, na Itália, a ferramenta serve para identificação e categorização de perigos. Ele é elaborado em formato de documento, com círculos coloridos que representam diferentes tipos de problemas.
O objetivo do mapa, como o próprio nome já diz, é demarcar os tipos de ameaças à saúde que cada local apresenta. Além disso, o mapa na construção civil também mostra a intensidade de cada gargalo, indicando medidas preventivas. Os tipos de riscos são definidos por 5 cores: verde, vermelho, marrom, amarelo e azul.
Já para demonstrar os graus de intensidade das ameaças, os círculos variam de tamanho. Quanto maior for, mais perigoso é o local. No caso de ambientes com riscos de diferentes tipos, as áreas são pintadas com mais de um elemento, resultando em algo parecido com um gráfico de setores.
- O tom verde representa os problemas físicos, como ruídos e calor.
- A composição vermelha representa os riscos químicos como gases.
- Já a cor marrom significa que as ameaças são biológicas, por exemplo fungos ou bactérias.
- O amarelo representa os gargalos ergonômicos, ou seja, decorrentes da execução do trabalho, como esforços repetitivos.
- Por último, o azul representa os acidentes, os mais comuns nos canteiros de obra, como com equipamentos, maquinários, incêndio e quedas.
Um exemplo prático do mapa de risco na construção civil seria um almoxarifado com estoque de ferramentas, sendo representado por um círculo azul e amarelo, com problemas ergonômicos e de acidente.
Qual a importância do mapa de risco na construção civil?
Para atuar de maneira a evitar acidentes e minimizar os perigos, é preciso primeiro conhecer as ameaças que cada local apresenta. Por isso, o mapa de riscos na construção civil é uma maneira didática e eficiente de identificar e alertar os trabalhadores sobre os gargalos que cada etapa realizada pode apresentar.
Conhecendo o tipo e a intensidade dos incidentes de um local, é possível criar medidas de proteção para garantir a segurança e saúde dos colaboradores. Por isso, implementar este processo é de vital importância para a prevenção de acidentes e doenças laborais.
Além disso, a elaboração deve ser feita pela Comissão Interna para Prevenção de Acidentes e Assédio (CIPAA), composta por associados e membros da organização. Assim, é possível ter certeza que as ameaças serão identificadas por quem realmente se expõe e conhece elas.
Quanto mais seguros forem os locais de trabalho, menores as chances de acidentes e do desenvolvimento de doenças. Assim, é possível aumentar a produtividade ao passo em que se diminui os gastos com indenizações, substituições ou até penalizações.
4 passos para fazer um mapa de risco
Após entender o que é um mapa de risco na construção civil e como ele é importante para a proteção dos colaboradores e terceiros, é preciso saber como elaborar da melhor maneira. Por isso, veja abaixo 4 passos para elaborar o planejamento:
1. Estude o ambiente
Conhecer os gargalos que uma construção apresenta envolve identificar quais atividades são realizadas ali, além dos equipamentos e materiais utilizados ou armazenados. Por isso, para elaborar o mapa de risco, é importante estudar a fundo cada ambiente, de preferência com auxílio de profissionais que conheçam o local.
2. Conheça os trabalhos realizados
Não basta apenas identificar quais serviços são executados em uma obra, é preciso conhecê-los. Isso significa que os profissionais devem entender qual o processo das equipes, quais e quantos colaboradores estão envolvidos e também quais as condições de trabalho.
3. Identifique os riscos e pense em medidas preventivas
Com o ambiente e os serviços já conhecidos e estudados, é preciso identificar quais dos cinco riscos se enquadram em cada setor. Além disso, essa etapa deve vir acompanhada de uma descrição das medidas preventivas que podem ser tomadas para minimizar os acidentes.
4. Desenhe o mapa de risco na construção civil
Com todas as informações estudadas e coletadas, o último passo é desenhar o mapa. Para isso, faça uma espécie de planta baixa, identificando cada local, desenhando o círculo com as cores de riscos e variando o seu tamanho conforme a intensidade. Além disso, faça uma legenda com as informações e medidas preventivas.
O mapa de risco na construção civil é uma ferramenta crucial na hora de garantir a segurança e saúde dos trabalhadores no canteiro de obras. Por isso, a importância de saber como ele funciona e como elaborá-lo. Mas, além disso, vale lembrar que o mapa deve ficar visível para os colaboradores, exposto em um lugar estratégico.
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