De acordo com a Fundação Getulio Vargas (FGV), o cenário positivo foi impulsionado pelo Índice de Situação Atual (ISA-CST), que chegou a 78,9 pontos – o maior patamar desde fevereiro de 2015.
Com dados que apontam para o reaquecimento do setor, a construção civil vive um momento de otimismo. De acordo com a FGV, o Índice de Confiança da Construção (ICST) está aumentando gradativamente.
O resultado de 0,4 positivo em outubro foi puxado pelo Índice de Situação Atual (ISA-CST), que atingiu 78,9 pontos em outubro – o maior patamar desde fevereiro de 2015, de acordo com a instituição. A geração de empregos no segmento é outro fator que merece destaque: o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) registrou a criação de mais de 116 mil vagas formais entre janeiro e setembro de 2019.
Já a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) destaca o aumento de 12% em unidades vendidas e 15% em lançamentos no primeiro semestre, em comparação ao mesmo período de 2018.
E para especialistas, mais do que aproveitar o momento e consolidar novos negócios, as construtoras precisam também reestruturar seus modelos de gestão de acordo com a transformação digital. Otimizar os processos e garantir o uso de novas tecnologias para mais rapidez, menos desperdício e compliance será um diferencial, de acordo com o diretor Comercial e Marketing da Teclógica, Aloisio Arbegaus.
“Acompanhamos estes índices que trazem um panorama de otimismo, mas também sabemos que há uma mudança muito significativa em toda a economia. A reforma da previdência e o aumento de 6% neste ano dos postos de trabalho formais na Construção Civil são outros impulsionadores.
Com isso a construção, que precisa estar atenta à chegada de novas soluções para o canteiro, como o uso de aplicações móveis para a gestão dos processos, proporcionando a integração entre central e canteiro de obras, por exemplo”, comenta o executivo, da companhia que desenvolve o Mobuss Construção, software de mobilidade para o segmento.
Mudança de mindset
Para Adriana Bombassaro, Diretora de Negócios da Teclógica, um dos grandes desafios da construção é se adaptar aos desafios da transformação digital em sua gestão. “Isso vai exigir uma nova postura dos profissionais do setor, uma mudança de mindset. A tecnologia será imprescindível para o crescimento do setor, mas é a consciência de que precisamos focar em negócios mais sustentáveis economicamente e que tenham processos mais enxutos e eficientes precisa fazer parte do perfil dos gestores”, diz.
De acordo com a executiva, a busca por rotinas eficientes é o primeiro passo neste sentido. “Temos diversos clientes que conseguiram obter resultados eficientes e conseguiram manter a competitividade mesmo quando a construção esteve em baixa graças a esta nova postura”, destaca.
Outro fator preponderante que deve impactar positivamente o segmento e impulsionar uma nova visão, de acordo com Adriana, é o aumento do poder de compra do brasileiro. No último mês, a Caixa Econômica Federal anunciou uma nova redução de juros para financiamentos imobiliários, com recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimos (SBPE) e houve também a queda da taxa Selic para 5% ao ano e com expectativa de queda para 4,5% em dezembro.
“Aproveitar este momento para fortalecer o próprio negócio é muito importante e somente a integração entre a inovação na gestão e no canteiro garantirá bons resultados”, finaliza.
Entre os clientes da Teclógica, que utilizam o Mobuss Construção estão a Constroen, que conseguiu 90% de satisfação dos clientes após automatizar a assistência técnica, a Embraed, que realiza suas vistorias via aplicativo, e a Construtora Lyx Engenharia, que reduziu 60% das não conformidades ao adotar a solução para a gestão das atividades no canteiro.
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