Para saber como investir da melhor maneira, é necessário acompanhar as tendências do mercado imobiliário. Afinal, construir um imóvel para vender é um risco às construtoras, já que não há uma forma exata de saber quais serão os lucros – ou mesmo se haverá. Segundo José Carlos Martins, presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), com exceção do Nordeste, todas as demais regiões do país – com destaque para a cidade de São Paulo –, estão apresentando bom desempenho no mercado imobiliário.
Previsões como esta são importantes pois pouco adianta desenvolver um imóvel luxuoso, em certa localidade, onde os consumidores estão na verdade procurando por outras opções de investimento. As tendências da engenharia civil também devem guiar as empresas na hora de optar por um empreendimento.
É preciso analisar a situação econômica do país e da região em que se pretende investir, além de entender qual classe da população que está à procura de um imóvel no momento, além do poder de compra. A escolha de como vendê-lo também é importante, já que com o avanço das tecnologias, as formas de consumir vem mudando.
Entenda melhor quais são as tendências do mercado imobiliário para sua construtora acompanhar!
As principais tendências do mercado imobiliário
Queda nas taxas de juros
A taxa básica de juros do mercado financeiro, a Selic, sofreu uma queda histórica, atingindo 4,5% no mês de fevereiro de 2020. Isso trouxe uma renovada nos ânimos e aumentou o interesse dos investidores pelo mercado imobiliário.
Ao que tudo indica, as condições de financiamento ficarão melhores. Algo que certamente atrairá mais consumidores para o setor; pois com taxas de juros mais baixas, há uma maior facilidade para que a população possa investir em imóveis.
Junto da taxa Selic, diversos bancos vêm baixando suas taxas de juros, essas quedas criam uma competitividade maior entre os bancos, fazendo com que todos reduzam suas porcentagens e ofereçam melhores negociações.
Tudo isso cria uma situação favorável para o aumento do lançamento de imóveis e também a diminuição das unidades em estoque, gerando um equilíbrio nos preços e favorecendo as incorporadoras.
Aumento da população sênior
Como a expectativa de vida da população está aumentando e, em contrapartida, a taxa de natalidade diminuindo, o número de jovens caiu. Sendo assim, as tendências do mercado imobiliário se voltam para a população sênior, com idades mais avançadas.
O aumento da quantidade de pessoas mais velhas cria um nicho específico, que é chamado de “economia prateada”. Essa população em crescimento muda o modo como as empresas constroem e divulgam os imóveis.
Afinal, um público sênior tem demandas diferentes do mais jovem. Por isso, as construções devem trazer soluções que melhorem a qualidade de vida das pessoas, se destacando no mercado.
Outra mudança importante é o fato de parte da população mais velha possuir grande poder aquisitivo, o que aumenta a procura por imóveis de alto padrão. Nesse setor, é provável que os consumidores busquem por exclusividade e luxo.
Foco na eficiência – e não no tamanho
Mais uma das tendências do mercado imobiliário é a procura de imóveis que sejam mais compactos e funcionais, prezando pela eficiência. Assim, a ideia de que só imóveis grandes e espaçosos oferecem conforto começa a se transformar.
Há pouco tempo, o padrão de um imóvel era por volta de 100 m². Mas atualmente nos grandes centros, é cada vez mais comum encontrarmos imóveis com 60 m² e até de 10m², conhecidos como microapartamentos.
Além da diminuição na metragem desses imóveis, há também uma redução no número de garagens. Isso se dá pelo fato de que as famílias hoje são constituídas por menos pessoas e, portanto, possuem menos veículos.
Valorização dos imóveis
Com a economia passando por ensaiadas de recuperação, a estimativa é que os imóveis comecem a valorizar mais com a venda dos estoques das construtoras. A localização pode fazer com que essa valorização seja ainda maior em muitos casos.
Segundo o Presidente do Sinduscon-CE, é recomendado que os consumidores aproveitem o preço dos imóveis em estoque agora, pois eles apresentam preços muito competitivos. A previsão é que em 2020 os preços vão aumentar de 25 a 30%.
Outros fatores são a inflação estável e as taxas de juros reduzidas que criam um cenário positivo e as chances de investir em imóveis e obter um bom retorno estão ficando mais favoráveis.
Uso de soluções tecnológicas
Além de todas as tendências do mercado imobiliário já citadas, uma das mais importantes é o avanço da tecnologia no canteiro de obras, nos próprios imóveis e também no processo para a venda dos mesmos.
Hoje, os consumidores têm demandado cada vez mais por soluções tecnológicas na hora de comprar um imóvel. Os itens que deixam a propriedade mais “inteligente” e conectada, como assistentes de voz e integração dos sistemas, são diferenciais requisitados.
Além disso, na segurança, também há a maior procura por porteiros eletrônicos e leitores biométricos ou com escaneamento de retina para dar acesso à residência. Isso cria imóveis mais eficientes e ainda os valoriza.
Já na hora de procurar um imóvel ou vender, a tendência é um maior uso das plataformas e dos agendamentos online. Além de vistorias e entregas mais tecnológicas, com acompanhamento via dispositivos móveis e registro de imagens. Há também o crescimento da utilização das assinaturas digitais ao fechar um contrato, agilizando o processo.
Mas talvez a tendência mais importante seja a aplicação da realidade virtual e aumentada. Essa solução permite que as empresas ofereçam uma visita virtual 3D detalhada ao imóvel com óculos especiais, o que pode evitar idas físicas desnecessárias.
O cenário atual é favorável tanto para quem deseja investir na compra quanto na venda de imóveis. A estimativa é que ocorram mais lançamentos e que eles valorizem mais, além de sofrerem uma alta na demanda.
Ao seguir as tendências do mercado imobiliário, as construtoras podem ter mais precisão ao obter um lucro considerável. Além disso, é importante adotar métodos eficientes na hora de construir, como o gerenciamento de obras.
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