Pesquisas desenvolvidas na Universidade de Oxford indicam que o surto de zika, que vem crescendo a cada dia no Brasil, provavelmente teve sua origem em 2013, quando o vírus adentrou nas Américas. Segundo a Universidade, muito provavelmente a causa do aumento está relacionada com a intensificação de voos internacionais saindo de países com zika e chegando no Brasil. Já a dengue é um velho conhecido dos brasileiros: segundo Ministério da Saúde, a primeira ocorrência da doença aconteceu em 1981-1982, em Boa Vista, Rondônia. Cerca de cinco anos depois, houve epidemias no Rio de Janeiro e em algumas capitais do Nordeste.
O fato é que essas doenças vêm assombrando a vida dos brasileiros, seja pelo aumento do índice de mortes confirmadas por dengue, seja pelos indícios de efeitos nefastos da zika, em especial pela possibilidade de ocorrência de microcefalia em bebês.
Uma das principais soluções para enfrentar esse surto é eliminando o foco do Aedes aegypti — o mosquito transmissor das duas doenças —, onde quer que esse foco esteja, até mesmo em canteiros de obras!
Quer saber como evitar possíveis problemas dessa natureza na sua obra? Fizemos um resumo sobre o tema e selecionamos algumas dicas valiosas sobre como evitar a dengue e o zika vírus, eliminando de vez esse famigerado mosquito do seu canteiro de obras. Confira!
Zika e dengue: dois vilões da saúde pública
Tanto a dengue quanto o zika vírus têm se mostrado verdadeiros vilões para saúde pública, tornando-se um desafio para as autoridades e para a população.
Só até abril deste ano, foram registrados 802.249 casos prováveis de dengue no Brasil, segundo dados do Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde. O alcance do zika vírus também é preocupante. De acordo com o mesmo Boletim do Ministério de Saúde, foram registrados 91.387 casos prováveis de zika.
E contrair uma dessas doenças não é nada bom: além do risco de morte, os sintomas são os mais desagradáveis possíveis, incluindo dores pelo corpo, inchaço nas mãos e pés, presença de manchas avermelhadas pelo corpo, coceira, febre baixa e até a possibilidade de desenvolvimento da síndrome de Guillain-Barré, que afeta o sistema nervoso.
Principais focos de proliferação dos mosquitos no canteiro de obras
No canteiro de uma obra há inúmeros possíveis focos de proliferação do Aedes aegypti. Áreas com acúmulo de água como caixas d’água, ralos e calhas das instalações provisórias podem se tornar um provável criadouro. Locais onde estejam acumulados os entulhos de demolição da obra também são ambientes propícios.
Até mesmo o poço do elevador pode servir de morada para o mosquito, e materiais esquecidos pelos trabalhadores como tampas de solventes, latas de tinta e galões também podem ser um risco.
Medidas para evitar proliferação do mosquito no canteiro de obras
Para evitar a proliferação do mosquito, todos os trabalhadores da obra devem estar atentos aos possíveis focos e como eliminá-los.
É indispensável manter os reservatórios fechados e evitar o acúmulo de lixo, vistoriar calhas e ralos, esticar as lonas, onde pode haver acúmulo de água, e manter latas e outros recipientes virados com a boca para baixo. Ao suspeitar da presença de larvas em possíveis focos de dengue, uma alternativa eficaz é utilizar água sanitária nos criadouros para sua eliminação. O vinagre também pode ser usado para tornar o ambiente aquático ácido e impedir que as larvas continuem se alimentando dos detritos orgânicos presentes e assim, não evoluam em mosquitos.
A forma mais eficiente de se garantir que todas medidas serão tomadas é por meio da informação. Realize campanhas internas, com comunicados, informativos ou reuniões, que esclareçam a importância, como se prevenir e quais os riscos das doenças. Ações profiláxicas devem se tornar parte da rotina de todos envolvidos no canteiro de obras.
Se algum colaborador apresentar os sintomas dos vírus, o recomendável é incentivá-lo a beber bastante água e procurar um médico para avaliação.
E aí, descobriu como evitar a dengue em seu canteiro de obras? Sabe de outras medidas que podem auxiliar no combate ao mosquito? Compartilhe conosco sua experiência e deixe um comentário com suas dicas!