Objeções mais comuns na hora de adquirir uma solução de TI para o seu canteiro de obras

Um levantamento do Sindicato das Indústrias da Construção Civil (Sinduscon), em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), aponta que 60% dos empresários do setor da construção têm planos de investimento em tecnologia. No entanto, a estatística esbarra em uma série de objeções no momento da escolha e implantação de uma solução de TI para o canteiro de obras.

Separamos as barreiras mais comuns que surgem no momento da introdução de tecnologias no segmento de construção. Veja quais os impeditivos e como contornar cada uma das situações para garantir eficiência com o uso de soluções de TI no seu canteiro.

Custos elevados com solução de TI?

Muitos gestores e empresários ainda compartilham da ideia equivocada de que solução de TI está diretamente ligada a altos custos. No entanto, um investimento bem planejado em um sistema eficiente terá um retorno rápido do ROI. Um dos conceitos que reforça essa questão e quebra o paradigma dos gastos é a hospedagem em nuvem. Além de garantir segurança aos dados armazenados e acesso remoto de qualquer ponto da obra, o cloud computing elimina a necessidade de uma estrutura de processamento de dados na sua empresa.

Esse é o formato de atuação do Mobuss Construção, solução que é utilizada por construtoras como a Baliza, de São Leopoldo (RS). O custo do investimento no sistema foi de apenas 2% do valor total da obra, incluindo o processo de implantação, e aquisição de dispositivos móveis, em que o módulo de Qualidade está sendo aplicado. Na segunda auditoria realizada já com o auxílio da solução, os indicadores de conformidade da Baliza ficaram entre 93% e 95%.

Outra situação muito comum é o uso recorrente de papel no dia a dia. A troca por uma solução móvel nem sempre é vista com bons olhos. No entanto, basta um pouco de análise para perceber que substituir as anotações em planilhas de Excel, por dados digitais é um processo que garante segurança. As informações são registradas de forma eficiente, sem extravio, e a busca pelos dados se torna muito mais rápida.

Ao contrário das planilhas, em que é necessário levar as informações até o escritório para então reorganizá-las, com uma solução móvel como o Mobuss o registro ocorre já no canteiro de obras e a transferência dos dados para a central ocorre de forma automatizada e em tempo real. Além disso, a solução pode ser integrada ao sistema de gestão da construtora conhecidos como Enterprise Resource Planning (ERP), facilitando o acesso e compartilhamento de dados entre diferentes setores e níveis organizacionais.

No fim de cada projeto, é comum que construtoras se vejam às voltas com infindáveis pilhas de papel. No registro online, além da economia, não há a preocupação do armazenamento físico destes materiais, exceto os previstos em lei.

Faltam processos bem definidos nos canteiros de obra

Nem sempre a construtora conta com processos e controles eficazes das ações realizadas pelas equipes. Essa falta de processos definidos onera muitas vezes o projeto, causando perda de materiais, baixa produtividade, elevados custos envolvidos e até mesmo impactos na competitividade do negócio.

Com altos índices de crescimento registrados anualmente e o volume considerável de dinheiro que esse mercado gerou, o setor de construção não tinha preocupações em criar processos mais eficazes dentro dos canteiros de obras. Durante o “bum” do segmento, tudo acontecia de forma muito intensa e a preocupação com redução de custos e produtividade não fazia parte da rotina.

A demanda era alta demais e os recursos estavam sempre à mão. A partir de 2014, quando o segmento começou a sentir os efeitos da crise, a falta de processos bem definidos se tornou um problema. A necessidade de reduzir os custos e otimizar a mão de obra se tornaram parte do processo, e mais que isso, decisório para a sobrevivência de muitas empresas.

Ainda hoje boa parte das companhias não conta com rotinas desenhadas. Do gestor ao construtor, é muito comum não existirem práticas com registros realizados rotineiramente nem a criação de um ciclo de processos. E essa falta de organização dificulta a entrada da solução de TI, porém é um motivo a mais para se buscar uma solução automatizada. A construtora Toniolo Busnello, por exemplo, melhorou os processos com a implantação do Mobuss. Com o módulo de apontamento, a companhia conseguiu redirecionar a mão de obra para ampliar sua produtividade.

Antes de mais nada, a empresa precisa se preocupar em mapear as funções e o cotidiano das equipes para então inserir o uso de uma solução de TI. E é justamente a tecnologia que irá auxiliar no controle de processos, desde o local mais adequado para armazenamento de insumos até o uso de EPIs, o remanejamento de mão de obra e a resolução eficiente de uma Não Conformidade.

Falhas de equipe

Acostumados com a rotina realizada há anos, nem todos os construtores e demais profissionais do segmento estão abertos a ingressar em inovações.  Para muitos, a chegada de uma solução de TI pode representar uma ameaça.

Quando se fala em controle de operações, a equipe pode entender que haverá um monitoramento do seu dia a dia por falta de confiança da gerência em seu trabalho. Para driblar essa questão é essencial que haja transparência na comunicação entre todos os envolvidos, o gestor deve colocar na mesa os reais objetivos da empresa com a busca por maior controle e acompanhamento dos processos com o uso de recursos tecnológicos e principalmente os ganhos que estão envolvidos.

Uma dica é trazer para a empresa a equipe responsável pela implantação da solução de TI. Um olhar imparcial sobre os processos e pessoas irá garantir a execução de ajustes necessários para que o sistema adotado seja utilizado com mais eficiência. Além disso o envolvimento e comprometimento da alta direção da empresa é extremamente importante para o sucesso da utilização do sistema.

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Escrito por: Silvio Etges – Gerente de produtos e implantação da Teclógica 

 

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