Erros de construção: entenda como utilizar a análise de falhas para evitá-los

Todo projeto, por mais bem elaborado e executado, está sujeito a erros de construção. Então, se não podemos fugir deles por completo, o que devemos fazer? Há várias abordagens que buscam responder a essa pergunta, porém a que vamos falar hoje é chamada de “análise de falhas“, cujo objetivo está em realizar um levantamento dos problemas em potencial e formular rotinas de checagem e reparação de danos.

Resumindo, já que não há como eliminarmos totalmente as chances de um evento negativo, podemos, pelo menos, reduzir a probabilidade da ocorrência e otimizar a resposta a ele. Entenda agora como fazer isso utilizando a análise de falhas.

Quais são os tipos de análise de falhas potenciais para evitar erros de construção?

A primeira – e mais comumente observada – é a falha no produto. Ela ocorre quando não foram observados os parâmetros de qualidade da matéria-prima ou da mão de obra. Ela se apresenta de forma evidente, uma vez que o produto tenha apresentado algum defeito. Por isso, pode surgir quando o cliente estiver usufruindo da construção, o que gerará bastante insatisfação.

Também temos um segundo tipo que referem-se a falhas de processo. Geralmente, acabam passando despercebidas em um primeiro instante. Entretanto, podem comprometer a eficácia e a produtividade dentro da empresa, gerando custos mais elevados e lentidão para o projeto.

Por fim, temos um terceiro tipo: a falha administrativa, ou seja, compra de materiais incorretos, falta de instruções, falta de registros ou retirada de materiais por engano. Na indústria da construção, é possível que problemas administrativos sejam ignorados e descobertos somente quando seus efeitos já são extensos. Por essa razão, é fundamental estar sempre atento aos processos de administração.

Qual o primeiro passo da análise de falhas para evitar erros de construção?

Toda análise deve começar pelo mapeamento dos possíveis focos de erro. Há diversos métodos para realizar esse objetivo:

  • Busca ativa: sua equipe poderá reler todo o projeto em busca de possíveis falhas e, então, na fase de execução, observar cada processo em busca de potenciais falhas;
  • Pesquisa operacional: há diversos estudos e pesquisas que listam as principais falhas potenciais dentro de determinado projeto. É necessário buscar essas fontes e verificar quais são os erros mais prováveis dentro do âmbito da sua obra;
  • Conversa com especialistas: contratar profissionais especializados e experientes para que eles apontem quais áreas apresentam mais defeitos, como forma de evitar a ocorrência na própria obra;
  • Ensaios químicos e físicos: para detectar falhas no produto, podem ser realizados testes laboratoriais que medem a qualidade dos materiais. Por exemplo, um ensaio físico pode simular uma chuva para prever o comportamento da sua estrutura diante dessa condição e um ensaio químico pode analisar a tendência de oxidação da armadura metálica.

O que fazer depois de ter todas as análise de falhas mapeadas para evitar erros de construção?

Uma vez mapeadas, você deve elaborar um plano para lidar com cada uma das falhas. Então, você deverá pensar em como preveni-la, controlá-la, fiscalizá-la e repará-la. Há várias formas de organizar essas informações.

Nós sugerimos que você crie uma matriz de análise de falhas, com os seguintes parâmetros:

 

  • Denominação da falha;
  • Descrição da falha;
  • Probabilidade da ocorrência da falha;
  • Risco que oferece para o projeto (alto, médio e baixo);
  • Medidas de prevenção;
  • Medidas de fiscalização;
  • Ações de reparo e minimização de danos.

 

 

Além disso, é importante dizer que a análise de falhas é uma ferramenta importantíssima para o gestor de obras e deve estar sempre aliada a uma rotina de acompanhamento, que é capaz de reverter problemas de forma pró-ativa.

Com essas medidas, pensamos que você reduzirá de forma substancial grande parte dos empecilhos que surgem durante o andamento do projeto, tanto em falhas no produto, no processo ou administrativo, garantindo estratégias para minimização e reparo diante de falhas.

 

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