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Saber qual será o custo de um empreendimento é a melhor maneira de avaliar sua viabilidade e prever os lucros esperados. Por isso, os profissionais precisam conhecer o que é e quais são as etapas do orçamento de obras.
Ter uma estimativa de preços de cada parte de uma construção evita que decisões de última hora precisem ser tomadas. Caso sejam feitas na pressa, podem comprometer a qualidade do projeto.
Assim, esse processo serve como garantia de que a construtora vai ter condições financeiras de construir o que foi planejado e acordado com o cliente.
Além disso, se esse planejamento não for seguido corretamente, é possível que a obra seja paralisada. O esgotamento dos recursos durante a execução pela falta de uma estimativa assertiva pode levar, inclusive, a aumentos no valor da venda, prejudicando as chances de sucesso do empreendimento.
Por isso, garantir que as etapas do orçamento de obras sejam realizadas da melhor maneira possível deve ser prioridade. Além de evitar erros e antecipar problemas, a avaliação eficiente traz diversos benefícios. Quer saber mais sobre o assunto? Confira agora!
O que é a etapa do orçamento de obras?
O orçamento de obras é uma etapa que visa determinar os gastos para a execução de um empreendimento. Ele engloba os custos desde a concepção até o momento em que a construção é totalmente finalizada.
As etapas desse conceito são parte primordial de qualquer obra. Já que é o instrumento para obtenção e fixação do preço-base. O valor final do custo e do lucro consta no orçamento e vai definir a sua viabilidade.
Sem a estimativa mais precisa possível, é provável que, no decorrer do projeto, faltem recursos financeiros para concluir os serviços. Isso pode levar a atrasos na execução. Por isso os profissionais devem conhecer cada passo do processo de orçamento.
Quais os benefícios do orçamento de obras?
Seguir corretamente as etapas do orçamento de obras evita problemas e gera diversos benefícios. Por isso, confira abaixo as principais vantagens de investir em um cálculo eficiente:
Redução de custos
Contar com um bom orçamento de obras permite saber exatamente quanto cada elemento e etapa construtiva custa. Assim, os profissionais podem avaliar a troca de materiais ou até mesmo quais técnicas representam uma despesa maior. Isso permite reduzir os gastos, mantendo um planejamento e tomando decisões antecipadamente.
Controle do planejamento
Outro benefício é na hora de controlar o planejamento. Isso porque, para elaborar o orçamento de obras, é preciso especificar todas as etapas do projeto. Assim, durante a gestão é possível utilizar as informações para controlar tudo de maneira mais prática e assertiva.
Maior rentabilidade
Seguindo as etapas do orçamento de obras corretamente é possível aumentar os lucros de um empreendimento. Evitando erros, tomando decisões que reduzam os gastos e com uma visão objetiva do custo final, define-se um valor de venda mais realista. Assim, a construtora consegue uma maior rentabilidade.
Aumento do reconhecimento no mercado
Por último, o processo garante mais credibilidade e confiança dos clientes. Obras que atrasam, por conta da falta de recursos na hora da execução, acabam gerando insatisfação aos compradores.
Quando a empresa não segue as etapas do orçamento de obras, caso o valor da compra precise ser aumentado pode resultar em mais descontentamento e perda de clientes.
O que um orçamento de obras precisa ter?
Para um bom orçamento, é preciso dispor de um grande número de dados. Além de um conhecimento detalhado acerca dos métodos construtivos a serem empregados. Não é possível fazer um cálculo confiável se parte dos insumos ainda não estiver com suas especificações definidas.
Diferentes construtoras podem chegar a custos distintos para um mesmo projeto. Isso acontece pela diferença nos materiais utilizados, pela diversidade de técnicas e pelo preço da mão de obra.
Logo, esse ciclo também é imprescindível para a concorrência entre as companhias. Pois os consumidores geralmente escolhem as empresas que apresentam o menor custo. Assim, realizar as etapas de orçamento de obras corretamente garante que as organização e os compradores não saiam no prejuízo.
Como definir o investimento em uma obra?
Antes de falar sobre seu passo a passo, vamos apresentar as três fases principais que correspondem à elaboração e à definição do investimento em uma construção:
Análise
Nessa etapa, a quantidade de profissionais envolvidos vai depender do tamanho e da complexidade do empreendimento. Mas é preciso sempre contar com um engenheiro e um arquiteto.
É preciso avaliar a viabilidade da obra a ser realizada, considerando o que será construído, para quem e por quê. Além disso, é necessário analisar se o custo aplicado ao investimento vai gerar o lucro desejado, mantendo um orçamento realista.
Também é fundamental saber se o projeto está de acordo com as leis vigentes no local da obra. Se houver inadequações, isso vai gerar mais tempo e mais custos no orçamento.
Documentação
Como o próprio nome sugere, é a etapa para estudar toda a documentação necessária e também os possíveis custos para a aprovação.
Ter uma lista com tudo o que for preciso e os devidos responsáveis pode ajudar muito. Inclusive para prever quando os papéis serão necessários e prepará-los com antecedência, evitando atrasos no cronograma.
Tomada de decisões
Nesse momento, determina-se o potencial do empreendimento. É preciso calcular o tempo médio que a edificação vai levar e os possíveis atrasos e com isso fazer uma previsão do mercado imobiliário para quando for concluída.
Essa avaliação é crucial, pois talvez os lucros que a edificação geraria no mercado imobiliário atual podem ser diferentes se, quando ela estiver concluída, o mercado estiver em baixa ou em alta.
Como uma obra pode durar meses ou até anos, algumas estimativas de custo nem sempre serão acertadas. Isso porque alguns valores de insumos e serviços podem variar com o tempo. Portanto, é preciso prever da maneira mais precisa possível tudo que pode acontecer no decorrer da construção.
Ao final dessas etapas, o investimento disponível, a estimativa de lucro e o tempo médio para realização da obra precisam estar definidos para que a elaboração das etapas do cálculo possam começar.
3 principais etapas de um orçamento de obras bem-sucedido
Já apresentamos um panorama geral de como lidar com a definição do investimento, mas como, na prática, realizar a estimativa? Conheça a seguir as principais etapas do orçamento de obras.
1. Estudo das variáveis
Basicamente, essa parte é um levantamento de todas as informações disponíveis sobre a construção de tudo que possa gerar custos. Isso engloba desde os profissionais responsáveis pelo projeto e pela execução, os materiais, os documentos, entre outros.
Após obtidos esses dados, é necessário que se faça uma organização deles para agilizar os processos posteriores. O controle das informações pode ser feito de diversas maneiras, a mais comum é por meio de:
- Planilhas;
- Tabelas;
- Memoriais descritivos.
Mas, quanto mais específica for a descrição de cada etapa construtiva, melhor será a precisão dos custos e menor a probabilidade de esquecer alguma variável geradora de gastos.
Por exemplo, se a propriedade vai possuir diversos pavimentos, pode-se fazer uma divisão das etapas construtivas, da mão de obra e dos materiais por cada pavimento a ser construído. Pode-se ainda fazer uma divisão dentro dos processos, especificando a etapa estrutural, hidráulica, elétrica, de vedação, entre outras.
É importante que haja a especificação e organização. Essa é a etapa que definirá o caminho que a composição de custos vai seguir. Além disso, há um aumento na clareza da avaliação, para que ela possa ser entendida, inclusive, por alguém leigo no assunto.
Essa é uma das partes que precisa acontecer em conjunto com os profissionais responsáveis pelo planejamento e com o grupo que a executará, visto que o que estiver no orçamento deve ser compatível com a posterior execução.
Aqui, é possível perceber a relevância de manter a sinergia entre os dois setores, fazendo com que todos os envolvidos conheçam as etapas do projeto.
2. Composição de custos
Existem diversos custos que compõem uma obra, alguns são diretos e outros indiretos. Entenda a diferença:
Custos diretos
Os diretos são aqueles associados aos serviços no canteiro de obras. Ou seja, o custo com os colaboradores e os materiais. Os custos com materiais podem ser unitários (ex: kg de armação, m³ de concreto) ou podem ser dados em forma de verba quando não tiverem uma unidade mensurável.
Custos indiretos
Já as despesas indiretas são aquelas necessárias para que as atividades no campo sejam realizadas, embora não estejam diretamente relacionadas a elas. São exemplos dessas despesas:
- O gasto com funcionários nos serviços administrativos;
- Materiais de escritório;
- Taxas;
- Seguros;
- Outros.
Composição com os custos diretos e indiretos
Com os serviços listados e suas unidades especificadas, o engenheiro deve calcular os quantitativos de tudo que será necessário para a construção. Esta costuma ser uma das fases mais trabalhosas da elaboração da estimativa, já que requer um cuidado especial.
Afinal, um erro nos cálculos nas etapas do orçamento de obras pode causar alterações absurdas no final.
O quantitativo de materiais deve ser feito de acordo com as especificações técnicas, os projetos e o memorial descritivo. Em caso de anteprojetos ou construções que ainda serão modificadas mesmo que minimamente, os resultados não serão muito próximos da realidade.
Portanto, quanto mais desenvolvidas e definitivas forem as informações, melhor será esse processo.No cálculo dos quantitativos são levados em consideração aspectos além dos materiais de construção necessários.
É preciso calcular a produtividade dos funcionários e com isso definir a quantidade de horas para a realização dos serviços. Há também o cálculo do material desperdiçado, dos rejeitos, entre outros.
Em seguida, devem ser coletados os preços de mercado para os insumos e mão de obra. Por exemplo, após o engenheiro definir no quantitativo quantos m² de alvenaria serão executados, agora, será determinado o valor de tudo que é necessário para a execução, chegando a uma despesa total para o serviço.
Portanto, isso engloba os materiais de construção, os insumos e também o percentual de encargos para a equipe.
Os valores considerados devem ser os mais atuais possíveis. Mas também deve-se saber que no decorrer da construção esses preços podem mudar.
Assim, se um material costuma variar muito de preço, ou há uma previsão econômica negativa para quando a construção estiver sendo realizada, é preciso haver uma margem de erro que compense mudanças.
3. Fechamento do orçamento de obras
Com as etapas do orçamento de obras praticamente finalizadas, o construtor deve estipular a lucratividade que se deseja obter, levando em conta aspectos como riscos, concorrência e o mercado imobiliário.
Além disso, sobre o custo direto, é preciso calcular um fator que representa o gasto indireto, o lucro e os impostos incidentes, utilizando um fator de majoração chamado de BDI (Benefícios e Despesas Indiretas).
De maneira simples, esse conceito é o percentual que deve ser aplicado sobre o custo direto encontrado na estimativa para se chegar ao preço final de venda. No fechamento do orçamento dos projetos, é possível trabalhar com algumas ferramentas importantes, como as curvas ABC de Insumos e de Serviços.
No fim, costuma-se apresentar ao cliente uma planilha contendo todos os quantitativos e custos. Pode-se também apresentar um cronograma detalhando o tempo de cada etapa da execução e os valores que as etapas representam.
Hoje existem várias tecnologias que auxiliam na hora de calcular o preço de um projeto, o que facilita a vida dos profissionais e melhora a precisão. Mas ainda assim é preciso se manter sempre atualizado e entender cada etapa do processo, evitando erros no orçamento de obras.
Vale ressaltar que o Mobuss Construção não possui funcionalidades para elaborar as etapas do orçamento de obras. Mas, através de módulos que permitem a integração dos dados, como o apontamento e apropriação de atividades que garantem mais eficiência na gestão, nós conseguimos ajudar a otimizar a etapa de orçamentação e garantir o controle do orçamento na hora da execução.
Agora que você já sabe o básico sobre esse processo, tem interesse em continuar lendo sobre o assunto? Você pode começar por essas dicas para melhorar o orçamento de uma obra.
