A importância da sustentabilidade na construção civil é crescente e reflete a necessidade de reduzir os impactos causados pelo segmento, por isso as certificações ambientais desempenham um papel fundamental. Elas servem como padrões reconhecidos internacionalmente para atestar as boas práticas das empresas.
A construção tradicional é conhecida por consumir recursos e gerar resíduos em excesso, o que gera efeitos prejudiciais ao meio ambiente.
No entanto, fatores como a pressão do mercado, eficiência energética, legislação ambiental rigorosa e a busca por economia de recursos impulsionam a adoção de práticas ecoeficientes no setor.
Diante desse cenário, construtoras comprometidas com a sustentabilidade buscam certificações para atestar a sua responsabilidade.
Em consequência, atraem mais clientes e agregam valor aos projetos desenvolvidos, pois contribuem para a eficiência operacional a longo prazo e fortalecem a imagem da empresa.
Quer conhecer mais detalhes sobre as certificações e a importância de tê-las? Continue lendo este artigo e descubra como tornar os processos mais sustentáveis!
O que são certificações ambientais?
As certificações ambientais são selos que indicam que uma empresa ou projeto atende a critérios rigorosos de sustentabilidade e respeito ao meio ambiente.
Essas certificações geralmente avaliam fatores como eficiência energética, gestão de resíduos, uso de materiais de baixo impacto ambiental e preservação de recursos naturais.
No setor de construção civil, são especialmente valorizadas por comprovarem que o projeto segue práticas sustentáveis, o que se traduz em economia de recursos e redução de impactos na natureza.
Alguns dos principais selos incluem LEED, AQUA-HQE e Procel Edifica, cada um com critérios que orientam a execução de obras mais sustentáveis.
Leia mais: Meio ambiente e qualidade: conheça os selos de sustentabilidade na construção civil
Benefícios de possuir certificações ambientais
As certificações ambientais oferecem uma série de benefícios para construtoras e para a sociedade:
- Vantagem competitiva: empresas certificadas destacam-se no mercado por seu compromisso com práticas ambientais responsáveis, atraindo clientes e investidores que valorizam a sustentabilidade.
- Fortalecimento da imagem da marca: construtoras certificadas são vistas como empresas responsáveis e inovadoras, melhorando sua reputação e fidelizando clientes.
- Redução de custos: ações ecoeficientes promovem a economia de água, energia e materiais, reduzindo custos operacionais e aumentando a rentabilidade a longo prazo.
- Cumprimento de legislações: a certificação auxilia no cumprimento de exigências legais, evitando sanções e contribuindo para uma operação mais segura e sustentável.
Esses benefícios tornam a obtenção das certificações ambientais um investimento estratégico para construtoras que desejam alcançar um posicionamento de destaque no mercado.
Qual a importância das certificações ambientais na construção civil?
A importância das certificações ambientais na construção civil vai além da sustentabilidade. Construtoras que investem em certificações demonstram compromisso com o meio ambiente, elevando sua credibilidade e competitividade.
Além de proteger a natureza, as práticas ecológicas ajudam a economizar recursos como água e energia, tornando o projeto mais eficiente e reduzindo custos operacionais.
No cenário atual, a sustentabilidade na construção civil é um diferencial que atrai investidores e clientes, além de posicionar a empresa como referência no setor.
Como tornar os processos mais sustentáveis?
A obtenção de certificações ambientais requer que as construtoras adaptem e aprimorem processos para atender aos seus critérios.
Por isso, confira abaixo 6 dicas de como implementar práticas mais sustentáveis nas obras e começar a adaptação:
1. Gestão eficiente da água
A construção civil é uma das atividades que mais consome água. O uso indiscriminado e a falta de práticas eficientes podem levar à escassez desse recurso.
Além disso, a gestão hídrica é um dos critérios para obter vários selos ambientais.
Uma das soluções é implementar sistemas de captação da água da chuva, reduzindo a dependência da água potável para atividades não potáveis.
A adoção de tecnologias de baixo consumo, como torneiras automáticas e sanitários com descarga dupla, também contribui para a redução do desperdício.
2. Economia de materiais poluentes
Materiais de construção convencionais, como o concreto, causam diversos impactos ambientais na sua cadeia produtiva e contribuem significativamente para as emissões de gases de efeito estufa.
Assim, as empresas devem buscar alternativas para os projetos utilizarem materiais que causam menos impactos negativos.
A solução envolve substituí-los por opções mais sustentáveis, como o bioconcreto, que incorpora materiais menos poluentes.
Priorizar madeira certificada e outros recursos de baixo impacto ambiental pode contribuir para a redução da pegada de carbono da construção.
3. Redução de resíduos
Outro problema é que a construção civil gera grandes volumes de resíduos. Isso inclui restos de materiais, embalagens e produtos descartados durante o processo construtivo.
Para obter certificações ambientais, isso deve ser diminuído e o descarte correto precisa ser realizado nas obras.
Assim, é importante implementar práticas de gestão dos desperdícios, como a segregação e reciclagem de materiais.
Além disso, a doação de itens reutilizáveis para organizações beneficentes pode minimizar o descarte de materiais ainda em condições de uso.
Na execução, é preciso adotar sistemas construtivos que gerem menos desperdício.
4. Uso consciente de energia
Outro requisito é a implementação de práticas de eficiência energética. Isso porque o setor de construção é um grande consumidor de eletricidade, muitas vezes proveniente de fontes não renováveis, contribuindo para a emissão de gases de efeito estufa.
Por isso, é preciso integrar tecnologias de energia renovável, como painéis solares e sistemas de ventilação natural, para reduzir a dependência de fontes não sustentáveis após a entrega.
Adotar práticas eficientes de iluminação e equipamentos também é essencial para minimizar o consumo.
5. Alta demanda por recursos
O modelo tradicional de construção, com grande dependência de recursos no local da obra, contribui para a escassez de materiais.
A falta de planejamento, os desperdícios e a escolha de metodologias ultrapassadas são as principais culpadas pela alta demanda de recursos.
Assim, é necessário optar por práticas que otimizem o uso de materiais e gerem menos desperdícios.
Construções industrializadas com módulos prontos, por exemplo, são uma ótima solução. Essa abordagem acelera o processo de execução.
6. Redução de demolições
Demolições frequentes resultam em resíduos volumosos e emissões significativas de carbono, além de consumirem mais recursos em comparação com projetos de reforma.
Por isso, vale analisar a viabilidade de projetos de reforma em detrimento de demolições, priorizando a reutilização de estruturas existentes.
Além de poupar recursos, essa prática tem um contexto social, pois permite que construções históricas continuem fazendo parte do patrimônio do local.
Dessa forma, é importante adotar um planejamento adequado, integrado com capacitação profissional, garantindo a diminuição de retrabalhos e desperdícios.
Conclusão
A busca por certificações ambientais na construção pode, inicialmente, gerar custos mais elevados.
Mas esses investimentos são estratégicos e trazem benefícios a longo prazo. O desafio dos custos iniciais pode ser mitigado por meio de uma análise de custo-benefício abrangente, que destaca as economias futuras e ganhos para a empresa.
A estratégia-chave para enfrentar esse desafio é integrar a sustentabilidade desde as fases iniciais do planejamento do projeto.
Ao fazer isso, as construtoras têm a oportunidade de identificar soluções sustentáveis que se alinham aos objetivos do projeto, otimizando simultaneamente os custos associados.
É fundamental ressaltar que as certificações ambientais não apenas validam práticas sustentáveis, mas também conferem uma vantagem competitiva e aumentam a atratividade do empreendimento no mercado. Isso pode resultar em retorno financeiro e fortalecimento da reputação da construtora.
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